Füllkrug, nos acréscimos, coloca a Alemania no caminho da España

Camilo · June 23

Füllkrug, nos acréscimos, coloca a Alemania no caminho da España

O atacante alemão empatou de cabeça contra a Suíça aos 92 minutos e poderiam enfrentar a Espanha em uma possível quartas de final.

A Suiza esteve perto de conseguir o impossível e derrotar a Alemania para tirá-la do caminho da España, mas um gol de Füllkrug nos acréscimos manteve o time anfitrião como líder, que poderia enfrentar a Roja nas quartas de final em um caso hipotético (1-1).

Parecia nos seus dois primeiros jogos que a seleção alemã era uma máquina perfeitamente lubrificada, mas no decisivo para ver se completava o pleno deixou dúvidas. Julian Nagelsmann viu-se obrigado a não fazer rotações porque estava em jogo o primeiro lugar e percebeu-se um time mais cansado e menos preciso, apesar do talento espetacular em campo.

Murat Yakin já tem experiência, e isso é sinônimo de calma. Sua estratégia implicava deixar Shaqiri no banco, não vacilando. Ele também colocou Vargas em campo e trouxe Ndoye e Rieder, jogadores mais rápidos e dinâmicos para a transição, o que se mostrou uma ótima escolha.

O jogo começou como esperado, com a Alemania dominando a posse de bola e ameaçando constantemente, com Gündogan mais uma vez chegando à área, algo que se tornou comum nesta Eurocopa. O jogador do Barcelona estava muito avançado, trocando constantemente de posição com Wirtz e Musiala para desestabilizar a Suíça, mas isso teve um efeito duplo, pois ao se posicionar bem, o adversário deixou Kroos e Andrich sem referências em campo, tornando difícil a progressão para a equipe.

Parecia que tudo estava a favor da Mannschaft quando Sommer falhou ao tentar defender um chute de longa distância de Andrich, mas o goleiro suíço foi salvo por uma falta clara de Musiala sobre Aebischer anteriormente, e o VAR acertadamente chamou a atenção de Daniele Orsato, que havia concedido o gol. O árbitro italiano teve um jogo exigente, já que ambos os times protagonizaram um duelo físico.

A Alemania dominava seu adversário. Embora não criasse muito perigo, parecia quase impossível que a Suiza conseguisse fazê-lo também, dado que a pressão pós-perda no meio-campo implicava em recuperar a bola quase imediatamente. No entanto, com o passar dos minutos, essa pressão começou a se tornar menos eficaz e, na primeira oportunidade, Ndoye adiantou os suíços, antecipando-se a Tah e finalizando um cruzamento de Freuler (28'). Ele poderia ter ampliado a vantagem um minuto depois, mas o mesmo autor do gol chutou cruzado desta vez, exibindo sua velocidade diante de Rüdiger.

Terminou o primeiro tempo com a equipe alemã frustrada e precisando de soluções. Especialmente com a posse de bola, pois foi incapaz de filtrá-la entre as linhas para Wirtz, Musiala e Gündogan em zonas perigosas, tornando seu jogo previsível. O que Nagelsmann mudou foi a forma de pressionar, buscando forçar o erro da Suíça, mas sem sucesso. A Alemania adotou uma abordagem arriscada de marcação homem a homem, o que poderia ter custado alguns sustos.

A Suiza aceitou o desafio, mantendo uma pressão alta corajosa para não permitir que a Alemania jogasse à vontade, e conseguiu controlá-la em parte devido às excelentes coberturas de Akanji, um pilar defensivo. Houve poucas chances claras, mas o jogo manteve-se interessante e com um ritmo frenético. Houve uma chance clara, especialmente para Kimmich após os 70 minutos, um pouco angulado, mas Sommer, o goleiro, levou a melhor. Na mesma jogada, Beier pediu pênalti, mas Orsato não assinalou.

Ambos os times fizeram várias substituições, e Nagelsmann decidiu buscar algo diferente ao colocar Sané e Füllkrug nos lugares de Musiala e Wirtz, alterando o desenho tático ao recuar Gündogan para o meio-campo ao lado de Kroos. A equipe alemã apostou todas as fichas e, a partir desse momento, dominou completamente o jogo no campo da Suíça. Um destaque especial para Schär e Ricardo Rodríguez, que junto com Akanji resolveram os problemas que poderiam surgir no meio-campo, dominado por Xhaka, e venceram todos os duelos aéreos. Não apenas aguentaram a pressão, como Vargas marcou o segundo gol em um contra-ataque, mas foi anulado por um milímetro de impedimento.